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(live) Entrevista: Neema Githere

Neema Githere é pensadora do Data Healing e do afroPresentismo, curadora e guerrilla theorist, explora o amor e indigeneidade em um tempo de destroços algorítmicos⁣

Sobre Neema

Neema Githere é criadora do Findingneema, um arquivo / performance digital contínuo no qual ela documenta sua maioridade como nômade na #digitaldiaspora.

A Julia Travieso trocou uma ideia com ela sobre autoconhecimento, bem-estar online e formas de ocupar a internet, compartilhar possibilidades e vivências.

Na descrição de seu arquivo, Neema escreve:

“Essa maioridade foi guiada pelas escrituras libertadoras de Octavia Butler; a bolsa de estudos OG afrogeek de Anna Everett, os sonhos utópicos de Jose Garcia Muñoz, o mundo digital preto de auto-produção de Rafia Santana e Elizabeth Mputu e, por último, mas não menos importante, a página Explorar do Instagram.

Esse espaço é uma jornada multidimensional - um reenvio através da Índia e do Atlântico. É onde os mares encontram a terra e a terra se encontra digitalmente. É um espaço de atemporalidade e urgência. É tão verdadeiro quanto saber estar presente. Está em formação.”

Um techno optimist é uma pessoa que vê a internet como um lugar positivo, onde podemos nos conectar às notícias e pessoas. Quem é mais pessimista consegue ver os problemas que surgem com a internet e acha que isso não vai melhorar. - Neema Githere

Uma coisa é FATO, não existe manual de uso para a internet. É isso, não existe.

Por mais que existam as diretrizes de cada plataforma, regras de convivência, permissões, proibições…

A internet é mais um ambiente social, mais um lugar onde somos nós quem decidimos as “políticas de boa vizinhança”. Tem uma questão, que vez ou outra aparece aqui: “se você não falaria isso pra alguém, por que você digitaria, então?”

Neema falou muito sobre isso. Como estamos construindo o nosso futuro a partir da nossa presença na internet?

Assim como na “vida real”, a internet é feita de pessoas. Apesar de todos os dados e algoritmos, somos nós quem decidimos aquilo que vamos compartilhar com o resto do mundo.

Não dá pra colocar a culpa no martelo se você errou o prego e acertou o dedo, não é mesmo? Você é o agente, o resto é ferramenta. Como você as tem utilizado?

Essa live com Neema Githere fez a gente refletir MUITO sobre como podemos ocupar a internet com nossas histórias e aprendizados.

Uma das coisas que ela disse, e que ficou muito marcado, foi que olhando as fotos de sua tataravó, ela se questionou quais delas seriam compartilhadas no Instagram, caso ele existisse naquela época.

Percebe como, de certa forma, criamos contextos para histórias que já aconteceram e as colocamos no presente? Já pensou em como esse presente, ajuda a construir narrativas futuras?

Tudo, exatamente tudo, o que compartilhamos aqui acaba se tornando de domínio geral. Claro, o criador sempre tá ali, observando o alcance de suas criações, mas quando a gente se liberta do ego e deixa nossas criações fluírem, elas possibilitam outras criações. E, então, começamos a construir um futuro no qual ocupar a internet passa a ser primordial.

Afinal, se você não contar a sua história, quem vai contar por você?

Parte 1

Entrevistadora: Julia Travieso

Entrevistada: Neema Githere

link para o vídeo completo: https://www.instagram.com/tv/CC8uIorhtgW/

Parte 2

Entrevistadora: Julia Travieso

Entrevistada: Neema Githere

link para o vídeo completo: https://www.instagram.com/tv/CC8wvkwBPdB/

Ficha técnica

Direção: Julia Travieso

Produção: Julia Travieso, Mariana de Moraes, Monique Parra e Ana Carolina Guidi

Curadoria: Julia Travieso e Mariana de Moraes

Entrevista: Julia Travieso

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