Em meio ao caos, nos vemos criando performances diárias pra alimentar algoritmos misteriosos e transformando nossas vidas em versões editadas pra conteúdos online.
Enquanto enchemos os bolsos de bilionários e pagamos para que viagem ao espaço, nos afundamos nesse apocalipse alimentado pelo consumo desenfreado que a humanidade vive.
Entre todas as coisas desnecessárias que estamos acostumados a engolir a seco, está a informação. Somos bombardeados o dia todo e quase não percebemos mais, qualquer minuto de ócio é um scroll na rede social, a coisa toda já virou um vício e não sabemos como parar.
Eu sou otimista, vejo a internet como ferramenta de transformação e trabalho pra materializar isso, mas também não me permito ficar cega quanto aos novos problemas que ela cria e tenho pensado mecanismos para reduzir danos.
Em ambiente de trabalho, fica mais difícil fazer esse movimento, precisamos estar em dia com as tendências, demandas e tecnologias que se reproduzem em tempo recorde.
É pensando em te ajudar a fazer esse filtro que repaginamos a nossa newsletter, ainda fazendo fofoca da boa, mas também trazendo e aprofundando os questionamentos importantes que precisamos fazer.
O babado é forte, boa leitura!
Julia Travieso
Por aqui andamos questionando sobre os limites das redes sociais. Se você nunca pensou em excluir seu perfil, puts, faz um tutorial aí, porque você é uma exceção. Dá saudades do Orkut em comparação a esses ‘transformers’ que usamos, Tik Tok e Instagram.
Sabemos que rola muita comparação, da vida perfeita e totalmente irreal. E mais questões estão sendo debatidas, principalmente quando falamos sobre consumismo compulsivo e também de crianças e adolescentes usando as redes sem restrição de conteúdo.
- Filtro no instagram é legal até a página 10.
Começa afinando o nariz, mudando o tom da pele, aumentando os olhos e por aí vai.
E isso tem surtido efeitos, que chamam de Dismorfia Snapchat/ Instagram. Ou seja, as pessoas estão buscando procedimentos estéticos para se parecerem mais com os filtros usados. Parece absurdo, e é.
- SUPER FAST FASHION?
É, ao que parece, comprar roupa está tão descartável e rápido pra consumo quanto um lanchão do Méqui.
Esse texto fala sobre como a cultura da influência cria micro-tendências e faz as pessoas comprarem roupas somente para postar conteúdo em TikTok e Instagram.
(o conteúdo tá em inglês mas a tradução automática do google responde bem ao texto)
- Crianças com sotaques de todos os cantos, esse é o futuro.
Alguém aí conhece uma criança que não quer largar o Youtube nem pra comer? Esse vídeo da BBC fala sobre como essa influência digital traz novas marcas na fala das crianças.
- TikTok #livrepraser mas nem tanto.
Aparentemente o suporte aos grupos marginalizados socialmente se mantém superficial.
A rede Chinesa já foi acusada de banir o uso das expressões “black lives matter” (vidas negras importam) e “asian woman” (mulher asiática), ao mesmo tempo que passa pano pro uso da expressão “pro-white” (a favor de movimentos de supremcacia branca).
Nesse texto você fica por dentro dos babados envolvendo o Tico & Teco e seu algoritmo “mágico”.
E vamos também de indicações do bem, pra manter o equilíbrio sempre (ou tentar rs)
Indicação 1
Escuta Ética | Instagram
É uma conta que fornece apoio psicológico às mulheres, divulgando informações úteis e reflexões importantes.
Indicação 2
Pretitudes | Instagram
Ana e Caio publicam sobre questões raciais, com indicações, memes e empoderamento.
Indicação 3
Músicas pra dançar descabelada | Spotify
E bora de playlist? Pra torar na caixinha de som, cantar junto e mandar a tristeza embora.